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Nascido em Vila Real de Santo António em 1899, veio a falecer em Loulé em 1949, local para onde foi viver com a família aos 7 anos de idade.
António Fernandes Aleixo de seu nome completo, poeta popular, é um dos mais notáveis poetas deste género. Sem profissão certa e quase completamente analfabeto, pois mal sabia assinar o seu nome, começou por exercer o mesmo ofício de seu pai que era tecelão. Prestou serviço militar em Faro, ingressando depois na GNR da mesma cidade. Demitiu-se passado pouco tempo e tornou-se servente de pedreiro. Emigrou para França com a mesma profissão onde vendeu aos seus conterrâneos algumas quadras em folhas soltas. Regressou de França com algum dinheiro amealhado e fixou-se em Loulé, onde deixara a família. Retomou as antigas profissões, vendeu cautelas e cantou de feira em feira. Foi-se assim tornando conhecido, sobretudo pela “capacidade de expressão sintética de conceitos com conteúdo de pensamento moral”. Algumas das suas quadras, mais espontâneas, começaram a andar de boca em boca, o que lhe deu acesso a amizades fora da sua esfera social. Estimulado pelos amigos concorreu e foi premiado em 1937 nos Jogos Florais, tendo ganho uma menção honrosa. Foi aí que conheceu o Dr. Joaquim Magalhães, professor de Liceu, que começou a registar as suas quadras, tornando-se um dos seus principais divulgadores. Em 1943 sugeriu-lhe que editasse “Quando Começo a Cantar”, do qual vendeu os 1000 exemplares editados. Tendo sido assolado por uma tuberculose, não conseguiu viver da sua poesia. Começou a vender cautelas e a engraxar sapatos em cafés, continuando sempre a versejar. Quando a doença se agravou, António Aleixo foi internado no Sanatório de Coimbra. Nesta fase o poeta teve a oportunidade de conviver com grandes homens das Letras e das Artes. Regressou então a Loulé, melhor, mas não curado. Continuou a percorrer feiras, vendendo as suas quadras, sem nunca conseguir fazer fortuna.
Morreu tuberculoso aos 50 anos de idade.
Obras principais:
Quando Começo a Cantar (1943)
Intencionais (1945)
Auto da Vida e da Morte (1948)
Auto do Curandeiro (1950) edição póstuma
Este Livro que vos Deixo (1969) edição póstuma
Inéditos (1979) edição póstuma
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